9 de julho de 2019

Escola da Cruz Vermelha do Alto Tâmega já é uma realidade




Assinatura da Escritura de Transmissão da Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado para a Cruz Vermelha Portuguesa aconteceu no passado dia 28 de junho.

Em julho do ano passado a Associação Promotora do Ensino de Enfermagem em Chaves (APEEC) cedeu as instalações da Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado à Cruz Vermelha Portuguesa. O contrato foi então assinado por Nuno Vaz, presidente da APEEC e da Câmara Municipal de Chaves, e Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, passando a cidade flaviense a integrar, juntamente com Lisboa e Oliveira de Azeméis, a rede nacional da Cruz Vermelha Portuguesa e Espanhola.

De acordo com informação da autarquia partilhada no dia a seguir à assinatura deste contrato, “ao assumir este novo projeto administrativo e pedagógico, a Cruz Vermelha Portuguesa pretende, a curto prazo, constituir-se como Escola Superior de Saúde com dupla titulação, isto é, com cursos acreditados nos dois países, no sentido de promover a frequência de estudantes da Península Ibérica”.

Na sexta-feira passada, quase um ano depois, teve então lugar, na biblioteca da Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado, a cerimónia de assinatura da Escritura de Transmissão que transforma este estabelecimento de ensino superior na Escola da Cruz Vermelha do Alto Tâmega. Este documento foi assinado por Nuno Vaz, Amílcar Almeida, membro do conselho diretivo da APEEC e presidente da Câmara Municipal de Valpaços, e Alexandre Abrantes, um dos vice-presidentes da Cruz Vermelha Portuguesa.

Antes da assinatura e dos discursos houve uma pequena atuação do quarteto de sopros da Academia de Artes de Chaves.

“Hoje deixamos de ter a Escola de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado para termos a Escola da Cruz Vermelha do Alto Tâmega. E a nossa expectativa é que no final do ano possamos ter uma Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha. Isso é muito entusiasmante e é de facto auspicioso porque o que se augura aqui é a criação de uma escola que possa ter outro tipo de ofertas de ensino superior, não só enfermagem, que vem sendo aqui ministrado nos últimos tempos, mas também fisioterapia, radiologia e imagiologia”, explicou Nuno Vaz.

Em representação da Cruz Vermelha Portuguesa esteve Alexandre Abrantes que referiu que este é “um casamento com mútuo benefício. Para a Cruz Vermelha Portuguesa é a aquisição de uma Escola com 300 alunos em que metade dos mesmos são estrangeiros, e isto permite à Cruz Vermelha ter uma dimensão muito maior do que tinha. Gostaríamos agora de arranjar uma escola no Algarve para termos quatro escolas no país.

Estas dar-nos-iam mais eficiência. Não precisamos de ter os cursos todos em todas as escolas, os professores podem dar aulas nos diferentes estabelecimentos, e quando se cresce também se ganha peso estratégico, político, etc. E, portanto, estas escolas juntas valem mais do que cada uma delas em separado. Relativamente à escola de Chaves, esta também ganha porque se integra numa família que não é só de escolas, mas uma família da Cruz Vermelha, que é uma organização social que fatura mais de 100 milhões de euros por ano e que tem dois mil funcionários e cinco mil voluntários”. Os docentes e funcionários que já trabalhavam na Escola Superior de Enfermagem Dr. José Timóteo Montalvão Machado irão manter-se na nova Escola da Cruz Vermelha do Alto Tâmega, passando assim “a ser membros da Cruz Vermelha Portuguesa”.

Internacionalização é um dos propósitos

Para além de querer tornar esta escola numa Escola Superior de Saúde, a nova Comissão Instaladora, presidida por Henrique Pereira, tem vindo a trabalhar no sentido de levar este estabelecimento de ensino além fronteiras transformando-o num pólo ibérico, havendo a ambição de mais.

“Eu espero sinceramente que esta escola, preservando a memória que tem e o trabalho que tem vindo a realizar, se transforme pela positiva. Que seja uma escola de valor acrescentado, porque também tem a marca Cruz Vermelha, de mais conhecimento, mais divulgada a nível nacional e internacional, que tenhamos aqui parceiros à altura e que também façamos um trabalho que acho que é muito saudável junto da comunidade. E que finalmente a internacionalização leve esta escola para outros países para além de Espanha. Neste momento temos na Cruz Vermelha protocolos com mais de uma dúzia de universidades a nível europeu. E, portanto, vamos servir-nos desses protocolos para que esta escola também seja projetada a nível da Europa”, destacou.

No final da cerimónia foi servido um “Chaves de honra” a todos os presentes.

Maura Teixeira

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