7 de março de 2015

O preço do azeite vai subir




O preço do azeite vai subir devido à redução de 20 por cento da produção em 2014.

Em Trás-os-Montes a quebra está abaixo da média nacional, situando-se entre os 5 a 10 por cento em relação ao ano anterior.

De acordo com Francisco Pavão, da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, a campanha de azeitona na região deve fixar-se nas 15 mil toneladas.

No entanto, o aumento dos preços já se está a fazer sentir na venda a granel com uma subida de cerca 40 por cento em todo o país.

Francisco Pavão recorda que na origem desta quebra estiveram as condições atmosféricas e as pragas.

“Esta quebra é consequência de o ano anterior como ano de excelente produção, a oliveira deu muita produção na campanha anterior, na campanha seguinte isso faz-se ressentir. Depois consequência do ano bastante atípico, onde tivemos um verão bastante fresco e potenciou ao aparecimento de pragas sobretudo a mosca da azeitona que provocou prejuízos quer ao nível da qualidade do azeite, quer também ao nível da queda da azeitona.”

Prevê-se um aumento de 15 por cento no valor a pagar pelo consumidor final já no próximo mês, quando os novos azeites chegarem ao mercado.

Contudo Francisco Pavão acredita que a qualidade do azeite transmontano poderá fazer a diferença.

“Os nossos azeites do ponto de vista competitivo são os azeites associados à grande qualidade que tem o valor no mercado superior. Os azeites são azeites de excelência, isto não se refletiu nos preços dos azeites na região, azeites muito bons foram vendidos a preços muito bons. No mercado granel os preços aumentaram significativamente cerca de 40%. No mercado embalado vamos aguardar pelo final do primeiro trimestre para que isto se sinta efetivamente junto do consumidor, ainda que nós aí prevemos que os aumentos não sejam tão grandes, rondarão os 15% de aumento.

Qualidade que foi reconhecida no concurso promovido pelo Conselho Olivícola Internacional.

O azeite virgem extra frutado verde ligeiro da Casa de Santo Amaro em Suçães, Mirandela, foi considerado o melhor do mundo, ao ganhar a medalha de ouro numa das quatro categorias do prémio de Qualidade Mário Solinas.

O concurso analisou 111 azeites de sete países que estão entre os maiores produtores mundiais.

Foi ainda distinguido com uma menção honrosa o azeite da Cooperativa de Olivicultores de Valpaços.

Informação CIR (Rádio Brigantia)

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