29 de setembro de 2016

Azeite de luxo

A linha Rosmaninho revela a diferença entre diversas variedades de azeitona. 
Já se sabe que Trás-os-Montes é um caso à parte no mundo do azeite em Portugal. A conjugação entre variedades próprias e o clima fazem com que os azeites mais a norte do País tenham um perfil específico. Aromaticamente são intensos e sempre a atirar para uns frutados verdes (verde folha de oliveira, relva cortada, casca de banana verde e outros), com amargos e picantes pronunciados. Se os azeites do Sul, feitos com a variedade Galega, são doces e suaves, os de Trás-os-Montes são raçudos e potentes. Ora, quem em Valpaços consegue, colheita após colheita, apresentar marcas que colecionam prémios nos mais importantes concursos mundiais é a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços (COV). O que nos parece sempre um mistério porque estamos num universo laboral que conta com 2200 pequenos sócios a entregar azeitona. É por isso que José Ventura, o diretor técnico da COV, terá mesmo de ser um profissional de mão cheia, visto que garantir qualidade e consistência nestas condições é um bico de obra. E é justamente com a marca Rosmaninho que a cooperativa consegue mostrar aos consumidores o que é a qualidade do azeite virgem extra transmontano e – atenção – por variedade. Isto, além de oferecer diferenciação, tem uma função didática interessante porque, desta forma, os consumidores podem perceber o que é um azeite de Cobrançosa, de Verdeal ou de Madural. O primeiro é a expressão máxima da intensidade de aromas e sabores, o segundo tem umas notas verdes pronunciadas e o Madural é a variedade que dá finura e elegância a um lote digno de Trás-os-Montes. Cada garrafa custará entre 11 e 12 €.

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